segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Thunderstick - Discografia Download

Thunderstick, primeira formação com a vocalista Anna Maria Carmella Borg 

Ler biografias dos seus artistas favoritos é uma delícia pra quem é fã de musica como eu, nele podemos não apenas ter uma visão detalhada do artista em questão mas do próprio universo que o rodeia.
Estou no momento lendo a ótima biografia de Bruce Dickinson de Joe Shooman e estou adorando. Quando leio os detalhes de produção de um disco ou de alguma música, seu contexto, suas influências, me bate aquela vontade de passar a tarde não fazendo nada, apenas me divertindo escutando a música.
A biografia do Bruce fala muito das figuras emblemáticas que esteve com ele durante os anos de glória e dificuldades e uma delas me chamou a atenção, Thunderstick, baterista de uma banda do qual o Bruce participou e chegou a gravar alguns discos, o Samson.

Thuncerstick, primeira formação
Anna Maria Carmella Borg e Thunderstick
Performático, teatral

Thunderstick, segunda formação com a vocalista Jodee Valentine

Thunderstick é uma daquelas figuras únicas na história da música. Baterista performático e teatral, ele se apresentava sempre com uma máscara de couro dentro de uma gaiola.

Chegou até fazer parte do Iron Maiden entre 75 e 76 e acho que, sinceramente, ele é a cara da banda, mais do que Clive Burr que, acreditem ou não, tocava no Samson e Nicko McBrain, que era baterista de Jazz.
O interessante é que tanto o Samson quanto o Iron Maiden eram os nomes mais promissores na época e é igualmente interessante a troca constante de integrantes entre essas duas bandas especificamente.

Mas, esqueçamos um pouco do Samson e do próprio Iron Maiden! O foco aqui é o Thunderstick, também conhecido por Barry Graham Purkis (seu nome verdadeiro).
A máscara de couro e a gaiola é um molde todo especial para uma espécie de mistura de Glam Rock com Judas Priest. Sua atuação performática é modelada em ícones em referênciais do terror-cômico-sexy estilo "Rocky Horror Picture Show", "Dr. Phibes" e outros filmes antigos de horror.
Mas nem tudo é apenas "show visual". Assim como Alice Cooper (outra grande e notável referência comum a todos os músicos da genese da NWOBHM) ele era um grande músico, um bom baterista basta ver discos do Samson, especialmente o Head On, com muita influência de Keith Moon do The Who.
Sua performance, no entanto, era tão estravagante que o próprio Samson não era suficiente para ele. Então, se meteu em fazer trabalhos solos.
De material composto, saiu mesmo dois discos, Feel like Rock 'n' Roll? de 1983 e Beauty and the Beasts de 1984.

Abaixo segue o tracklist e os links para downloads

Feel like Rock 'n' Roll?

1. Feel like Rock 'n' Roll? - 06:13
2. Alescia - 04:39
3. Runaround - 04:07
4. Buried Alive - 05:48

Link para download

O disco contava com o seguinte "line-up":
Thunderstick na bateria, Chris Martin e Wango Wiggins nas guitarras, Ben K. Reeve no baixo e Anna Maria Carmella Borg nos vocais.
Trata-se de um disco bem cru apesar de ter elementos bem pops e palatáveis. O que chama atenção é a péssima mas excelente voz de Anna Maria Carmella Borg (que nome mais aristocrático para uma vocalista de Heavy Metal) que é irritantemente viciante.

Fotos dos integrantes:

Thunderstick

Chris Martin
Wango Wiggins


Ben K. Reeve
Anna Maria Carmella Borg



Beauty and the Beasts

1. Contact Angel - 05:20
2. Afraid of the Dark - 03:19
3. Another Turnaround - 08:07
4. Heartbeat - 04:13
5. Rich Girls - 04:23
6. In the Name of the Father - 03:24
7. Long Way to Go - 06:06

Link para Download

Um disco um pouco melhor que o anterior, com uma pegada mais pop mas uma banda bem mais entrosada, com alguns ótimos riffs. O "line-up" desta raridade era:
Thunderstick, óbvio, na batéria, Chris Martin e Wango Wiggins novamente nas guitarras e Ben K. Reeve novamente no baixo.
A grande surpresa e a presença da vocalista Jodee Valentine. A idéia de Thunderstick era, de fato, ter vocais femininos.
Jondee é menos extridente que a sua predecessora, ela conduz as músicas com mais tranquilidade, embora essa cautela maior tenha tirado um pouco essa característica sonora tão específica da banda.

Jodee Valentine

O interessante é que Jodee Valentine quanto Anna Maria Carmella Borg não gravaram mais nada. O "Thunderstick" (banda) foram suas estréias e fins de carreira (ao menos eu não encontrei nenhuma outra referência delas que não seja na banda Thunderstick).
Sendo assim, as vezes eu me pergunto, por onde será que andam essas duas? Funcionárias públicas? Atendentes de uma empresa? Mortas? Não sei! Isso é preciosimo puro da minha parte, mas sabe de uma coisa? Eu adoro isso!

Enfim, se você gosta de ser preciosista na música, assim como eu, não deixe de conhecer o trabalho dessa figura única.

Site oficial do Thunderstick:
http://www.thunderstick.co.uk/
Fanpage:
https://www.facebook.com/thunderstickofficial

Crítica de Head On (Samson, 1980) pelo jornalista Joe Shooman

Abaixo um trechos do livro "Bruce Dickinson" com comentários críticos interessantes do disco Head On, música por música.

Samson - Head on


Hard Times

"Considere-se Hard Times, por exemplo. Em termos musicais trata-se de um hard rock melódico clássico, embora tenha um claro contorno punk - imagine AC/DC misturado com The Skids -, mas, quanto à letra, quando Bruce Bruce canta sobre lutar e beber, ele poderia estar se referindo àqueles velhoes pubs toscos de Sheffield, em sua juventude; ao mesmo tempo, as referências a ficar de pernas para cima e querer dar umas aulinhas a quem quer que a música seja endereçada têm pistas sexuais."

Take it Like a Man

"Take it Like a Man detalha a punição de um jovem errante; outra vez sera tentador interpretá-la como uma música sobre sadomasoquismo (é sempre comicamente tentador, dado o carinho que o baterista Thunderstick nutria por sua máscara de couro)"

Vice Versa

"A fortemente sexual Vice Versa é a mais influenciada pelo som dos anos 70, um trabalho de ritmo mediano e esticado com influências de Purple/Sabbath que vai contra qualquer coisa gravada no período. Paul Samson contribuiu com um solo quase epilético, enquanto Thunderstick e Aylmer soam como se estivessem se divertindo como nunca antes da vida"

Manwatcher

"Manwatcher não é memorável, e sim um rock de ritmo mediano com forte carga sexual"

Too Close to Rock

"Too Close to Rock, com uma letra que faz referência à faculdade, aulas perdidas e à música como carreira, obviamente expressa a autoafirmação da escolhe de Bruce por aquele trabalho e aquele estilo de vida"

Thunderbust

"Thunderbust, parcialmente composta por Thunderstick, que guarda semelhanças com The Ides of March, que apareceria no ano seguinte, no segundo LP do Maiden, Killers. Por isso, recebem os créditos por essa música Samson, Purkis, Aylmer, Bruce e Steve Harris."

Thunderstick

Thunderstick sobre Thunderbust:
"Eu sugeri uma levada de bateria que tivesse aquela rotação constante. Eu tinha as ideias, e Steve as concretizava, pois eu não toco guitarra. Era a mesma coisa com o Samson... Não conseguia pegar uma guitarra e mostrar minha ideia. Eu tinha de sentar lá e começar 'du-du, du-du du... Não... Essa nota está errada" - e faziamos dessa forma. Então foi assim que essa música surgiu. E eu tinha uma levada de bateria e tentava explicar os acordes que se encaixavam na levada, pois tudo gira em torno da bateria. Acho que a tocamos algumas vezes com o Iron Maiden como faixa de abertura. Apenas uma introdução. Era uma coisa descartável. Não era efetivamente uma música."

Como dito a Henrik Johansson do site www.bookofhours.net

Hammerhead

"Hamerhead tem a assinatura de Bruce. A letra trata da elaboração do martelo de Thor, Njollnir, e faz referência à tradição nórdica antiga."

Hunted

"Hunted, calma, ao melhor estilo Saxon, com uma letra bem tola sobre pregar cérebros em árvores"

Take me to Your Leader

"Take me to Your Leader, uma faixa original e bastante punk/psicodélica que fala sobre discos voadores, planos astrais e naves-mãe, mas também versa sobre convocar pessoas à guerra. Ela existe para apresentar um dos mais impressionantes desempenhos vocais do LP. O incrível alcance de Bruce é exposto em plena forma após o refrão, uma carta de apresentação e um verdadeiro marco para qualquer vocalista na época. É uma peça de exibição agitada, tola, de bater cabeça, para todos os membros da banda: primeiro você tem Aylmer balançando o pescoço, depois Thunderstick girando estridentemente toda a bateria, passando para Paul com um solo fluido, sua marca registrada, e por fim Bruce vindo tomar às rédeas, caminhando pelas oitavas de forma magnifíca. É tudo o que o Samson poderia fazer de melhor em quatro minutos de música."

Walking ou ou You

"Walking out on You caminha entre o rock psicodélico de Hawkwind, harmonias de fundo à la Beach Boys, um pouco do épico do Queen e a diabrura do AC/DC. É evidente que esse era um grupo com muito a oferecer."

Joe Shooman
Joe Shooman

Fonte:
Comentários de Joe Shooman - Jornalista especializado em música e reproduzido no livro "Bruce Dickinson - Os altos voos com o Iron Maiden e o voo solo de um dos maiores músicos do Heavy Metal" de Joe Shooman - Jornalista especializado em música

sábado, 19 de outubro de 2013

Man on the Edge - Uma visão sobre Blaze Bayley

Blaze Bayley

Todos conhecem Blaze Bayley.
Qualquer um com um pouco de conhecimento sobre Heavy Metal sabe que ele foi vocalista do Iron Maiden em 2 discos lançados nos anos 90, The X-Factor e Virtual XI. Qualquer um também sabe que, com um estilo de voz mais sombrio (e não estridente), ele não foi bem recebido pelos fãs e acabou sendo substituído por Bruce Dickinson anos depois, em 1999.
Sua carreira musical não começou, nem terminou no Iron Maiden. Ele começou cantando no Wolfsbane e hoje sustenta uma excelente carreira solo. É nela que vai se focar esse artigo, mais especificamente nos álbuns de estúdio.
Não vou comentar álbuns ao vivo ou compilações, comentarei apenas sua obra criativa,  suas criações novas, manifestadas em seus ótimos discos de estúdio, que ele vem lançando desde 2000. Darei nessas análises uma perspectiva musical-biográfica de quem considero um dos maiores e mais injustiçados nomes do Heavy Metal atualmente.

Silicon Messiah
Silicon Messiah

Este é o primeiro disco de Blaze.
"New messiah is born" diz a letra da música que dá nome ao disco.
Silicon Messiah não lembra em quase nada o som que se faz Iron Maiden (talvez The Brave apenas) mas carrega um clima denso em suas músicas que parecem terem sido trazidos do X-Factor, como por exemplo, as partes silenciosas que vez ou outra desabrocham no disco.
Aclamado por críticos, Blaze impressiona tanto com uma voz excelente, moldada as suas próprias ordens, quanto uma competente banda de apoio formada por Steve Wray e John Stater nas guitarras, Rob Naylor no baixo e Jeff Singer na bateria.
Ótimo vocal, peso, bons riffs, lindas linhas melódicas e boas letras em praticamente todo o disco, fica até difícil elencar os destaques do disco.

Escute: Ghost in the Machine, Born as Stranger e The Day I Feel to Earth

Tenth Dimension
Tenth Dimension

Lançar um disco excelente logo de primeira para muitos é um golpe de sorte. Muito se especula do segundo disco não ser muito bom pelo risco que tem de se repetir a fórmula sob motivação de que "em time que está ganhando não se mexe".
Pois bem, Blaze conseguiu fazer um disco disco diferente do anterior e manter a mesma qualidade.
A bem da verdade, esse disco é ainda melhor que o primeiro. Ele consegue ser ainda mais agressivo (em algumas músicas parece ter uma levada Thrash), sombrio e melódico ao mesmo tempo.
Pelas críticas muito se fala da pesadíssima trinca de músicas que abrem o disco Kill and Destroy, End Dream e Tenth Dimension, mas destaco ainda a dobradinha de baladas The Truth Revelead/Meant to Be que tem linhas melódicas de guitarras lindas. Os refrões são magníficos e muito bem cantados.
As letras do disco parecem formar um conceito, quase sempre tratando de uma desolação apocalíptica e conspiratória, com algumas exceções.


Blood & Belief
Blood & Belief

Depois de 2 anos Blaze volta. O tempo foi conturbado para o músico. 
Foram 2 anos lutando contra o alcoolismo a demissão coletiva dos músicos da sua banda, a briga judicial com o ex-manager e a separação da esposa.
Passado esse era obscura surge o disco Blood & Belief para expurgar todos esses demônios.
O disco parece sintetizar uma luta do Blaze em retomar a carreira e a vida, não é fácil. No entanto, ele grita pra quem quer ouvir "I'm still ALIVE".
Graças a Deus! 
Blaze neste abandonou os temas sci-fi dos primeiros discos. A temática das letras parece caminhar mais para o biográfico, e não é por menos, por tudo o que aconteceu com ele, fantasiar se torna um exercício por demais complicado.
Este disco é ótimo, tão bom quanto os dois anteriores, apenas um pouco mais sombrio. 


The Man Who Would Not Die
The Man Who Would Not Die

The Man Who Would Not Die é mais um exemplo da competência de Blaze.
Um trabalho com uma características típicas de sua carreira solo e, novamente, tão bom quanto seus anteriores. Talvez, até seja o seu melhor disco, não existe uma música no disco que não seja menos que excelente.
Longe de referências ao Iron Maiden, esse disco aposta numa linguagem musical mais próxima a uma versão mais pesada de um Power Metal. Um ótimo material para todos que gostam de um Heavy Metal bem feito. Pesado, ótimos momentos melódicos, bons riffs, uma ótima linha vocal e bons solos.
Blaze Bayley definitivamente não precisa provar mais nada, apenas confirma que este talvez seja um dos músicos mais injustiçados do Heavy Metal.
Depois das dificuldades pessoais, profissionais, Blaze tem força para apresentar mais um disco fantástico e "sorrir de volta para a morte".
 
Escute: The Man Who Would Not Die, Smile Back at Death e A Crack the System

Promise and Terror - Blaze

Promise and Terror
"Conhecida como Debbie e também empresária da banda BLAZE, Deborah sofreu uma hemorragia cerebral há algumas semanas e desde então vinha se recuperando, até que teve uma recaída e voltou a entrar em coma há alguns dias."
Chegamos no disco mais intenso, sombrio e introspectivo da carreira do Blaze e esse recorte de notícia explica muito sobre o processo subjetivo de composição do disco.
Se achamos o Blood & Belief meio autobiográfico esse se torna profundamente pessoal. O álbum é a jornada emocional de Bayley - palavras dele - imposta a ele pela morte repentina de sua esposa em 2008.

Tudo que eu amo foi levado
Me pergunto que razões tenho para viver
Desesperadamente tenho procurado por um significado.
Agora é hora de deixar o mundo

Letting Go Of The World

Não chega a ser um disco conceitual, as últimas quatro músicas do disco (Surrounded By Sadness, The Trace Of Things That Have No Words, Letting Go Of The World e Comfortable In Darkness) simbolizam, respectivamente, os quatro passos de Blaze para lidar com essa tragédia pessoal: a perda, dor, tristeza e aceitação.

Não vou desistir desta dor, a dor do que eu perdi
Eu não quero ser curado, porque eles ainda tentam?
Dor é tudo o que me resta pra dizer que foi real
Dor é a unica coisa que restou e que posso sentir

The Trace of Things That Have No Words

Musicalmente competente como sempre, próximo ao Blood & Belief, o disco é mais um petardo em sua carreira.

Escute: Watching The Night Sky, Madness And Sorrow e 1633

The King of Metal
The King of Metal

Chegamos ao sexto disco de Blaze e mais um disco com um cunho bastante pessoal.
Bayley afirmou que o álbum é dedicado a todos os fãs que o apoiaram ao longo dos anos, e que sem o seu apoio continuado a sua carreira não teria sido possível.
A homenagem não se limita aos fãs mas também aos que fizeram sua mente, seus ídolos. Como a ótima Dimebag, a segunda faixa do disco, que presta uma bela homenagem a Dimebag Darrell, o lendário guitarrista do Pantera, Damageplan e Rebel Meets Rebel e que foi assassinado em palco, durante um show do Damageplan em Alrosa Villa, Columbus, Ohio.
Há muitas letras de desabafos também, Judge Me e a balada One More Step, que são as mais notáveis.
O disco varia entre Thrash, Power e Heavy Metal Tradicional (The Rainbow Fades to Black é tradicional puro, vai te agradar bastante se gostas) com bons momentos e solos interessantes.
Há uma ênfase maior em passagens lentas ao longo do disco, com vocais mais melancólicos, o que pode tornar a experiência um pouco enjoativa, mas nada que deixe o disco ruim.

Escute: The King of MetalThe Rainbow Fades to Black e Fighter

Blaze - Época X-Factor

Conclusão

Blaze Bayley não está acomodado, como Paul Di'anno, vivendo a sombra do Iron Maiden e sendo comodista para aproveitar a fama que ainda resta. Tenho uma tese para isso, o passado dele no Iron Maiden não teve das melhores repercussões. Como sabemos, Blaze Bayley saiu debaixo de suspiros de alívio para maioria dos fãs, que o achavam ruim e incapaz de ocupar um posto tão honrado deixado pelo rei Bruce Dickinson. Sua saída da banda, então, não contou com prestígio e afeto, mas com certa alegria, ainda mais que o que viria a substituir seria o vocalista clássico, Bruce. O que ele fizesse no meio musical seria então naturalmente abafado, não atrairia boa parte desses fãs mesmo, poderia terminar sua carreira musical ali.
Como não poderia aproveitar plenamente esse titulo de ex-membro do Iron Maiden, como Paul Di'anno, obviamente uma figura bem mais icônica dentro da história da banda, ele precisou se esforçar mais para achar seu próprio caminho e andar com as próprias pernas, não apostando tudo na figura de ex-vocalista de uma grande banda, mas como um musico que disputa seu espaço tal como todas as outras bandas, melhores, piores e equivalentes.
Blaze Bayley montou sua própria banda, seu próprio som, com alma própria, e desde então vem recebendo elogiosas críticas tanto de críticos musicais profissionais quanto de ouvintes que se dispuseram a ouvi-lo, despindo-se de todo preconceito que poderiam ter.

Blaze não está morto! "You know I'm still alive... alive..."

sábado, 7 de setembro de 2013

Crítica: Demolition - Girlschool


Desafiando o ambiente sexista o Girlschool foi uma das primeiras bandas de rock constituída exclusivamente por mulheres. Não foi a primeira, mas o grande diferencial delas foi fazer um som mais agressivo do que "se esperava de meninas", nada de Punk Rock, elas encabeçaram num Hard Rock mesmo, beirando ao Heavy Metal. Imagine uma mistura de Motorhead com The Runnaways.
Demolition foi o primeiro álbum de estúdio delas, gravado em 1980 pela Bronze Records.
O disco chegou a 28ª posição na UK Albums Chart aproveitando os bons ventos do fenômeno da New Wave of British Heavy Metal.
O disco é carregado de músicas boas, curtas (não passam dos 5 minutos), ótimos riffs e solos. É difícil eleger uma música que se destaca, são todas ótimas de forma equivalente.
Talvez as melhores sejam Nothing to Loose, que tem lindas frases de guitarra, Emergency (que rendeu até um cover do Motorhead) e Race With the Devil, um cover da banda Gun, banda de Acid Rock dos anos 60.
Demolition é a prova definitiva de que a qualidade não precisa vir dos excessos, é antes de mais nada um disco simples e direto. Um dos melhores já gravados.

Abaixo algumas músicas:

Demolition Boys


Emergency


Race With the Devil

sábado, 31 de agosto de 2013

Iron Maiden - Pop Rock Concert (83) - World Piece Tour


Simples, direto, enérgico e brutal. Esses são os adjetivos desse show.
Um Iron Maiden que poucos conhecem, sem muita cerimônia, executando música após música sem longas apresentações ou enfandonhas rasgação de seda para o público. Uma banda que mostra integralmente o que melhor sabe fazer, música e não discursos.
Imagine então ver isso na TV ?

Veja abaixo:



Isso foi filmado em Dortmund na Alemanha, o programa é Pop Rock in Concert.
Isso aqui passava na TV Alemã em 83 ... Havia especiais de 30 minutos com Judas Priest, Scorpions, Ozzy Osbourne , Quiet Riot e Def Leppard ...
E DEPOIS PERGUNTAM POR QUE A GALERA PULAVA O MURO DE BERLIM!!!!!
Bem, a banda já inicia o show com Sanctuary, começar de forma mais simples e direta que isso é praticamente impossível. Nada de introduções, sem cartão de visitas, os riffs da música já se fazem presente e em poucos segundos o público delira, já sabendo que haverá uma catárse a cada música.
O show segue com 3 músicas do então novo disco, Piece of Mind. A primeira delas é The Trooper, empolgante como sempre. Em seguida vem a belíssima Revelations, com Bruce segurando uma guitarra (sabe-se lá por que, ele nem toca). Depois vem Flight of Icarus, um exemplo magnifíco de combinação dialética entre peso e melodia.
O show segue com 22 Acacia Avenue, uma das melhores músicas já composta pela banda e na minha opnião a melhor canção do disco The Number of the Beast.
Por falar de The Number of the Beast, a polêmica música é tocada em seguida, com uma incrível impressionante onde todas as luzes são apagadas, e aparece a figura da morte em cima do palco, com uma fumaça de gelo seco subindo pelo seu manto negro, uma imagem incrível (sério, realmente incrível). A música é tocada com uma energia incrível, contando com caras e bocas de Bruce Dickinson e peripécias combinadas como Dave Murray subindo em seus ombros e caminhando pelo palco enquanto Adrian Smith faz seu solo e Steve Harris agride seus dedos violentamente no baixo.
A última música tocada é Run to the Hills, empolgante desde o começo com a levada de bateria.
No final Nicko McBrain recebe o espírito de Keith Moon e arrebenta com a própria bateria (Bruce Dickinson dá uma mãozinha) e, tomados agora pelo espírito do Bozo, todos levam uma tortada na cara.

Repertório:

Sanctuary
The Trooper
Revelations
Flight of Icarus
22 Acacia Avenue
The Number of the Beast
Run to the Hills

Fotos:












domingo, 11 de agosto de 2013

British Standard Approved, Demon e a Síndrome de Underground

Aproveitando as resenhas de discos individuais que tenho feito, aproveitarei esse para tecer algumas críticas ao elogio desmedido as bandas menos conhecidas do Heavy Metal em detrimento de ferrenhas críticas a outras que supostamente só ficaram conhecidas por terem se dado bem com as gravadoras famosas e só pensam em dinheiro.
Bruce Dickinson, nadando em
dinheiro
Sim, falarei um pouco da síndrome de underground, algo tão comum nesse meio.
Chega de vocativos, todos conhecem a New Wave of British Heavy Metal e sabem como ninguém quem é que encabeçou esse movimento, o Iron Maiden. No entanto, há quem diga que a banda ofuscou o brilho de outras bandas melhores pelo contrato com a poderosa EMI. Conheço pessoas que digam que TODAS as outras bandas ofuscada pela Donzela são melhores e mais sinceras. Bandas como Demon, uma importante banda movimento, conhecida por flertar bastante com o Rock Progressivo. Por falar em "British", falaremos um pouco do British Standard Approved, um disco lançado em 1984, ano em que o "comercial" Iron Maiden lançava seu Powerslave e ganhava projeção de ultra-banda com a World Slavery Tour.

Analisemos o British Standard Approved da banda Demon, analizarei outros discos.

Capa do disco British Standard Approved do Demon
Isso lembra um disco de Heavy Metal ?

Ao ouvir a primeira vez o British Standard Approved, eu senti que estava escutando um disco do Pink Floyd, uma versão Pop do Pink Floyd. Ser uma banda de Heavy Metal e flertar com outros estilos de forma tão evidente é sempre um perigo, a chance do seu público original não gostar é grande e com Demon a coisa não foi diferente, o disco foi um fracasso de vendas.
Alias, eu disse "flertar" ? Esquece. Aqui nesse disco basicamente não há flerte algum, o que existe é uma completa transfiguração. A banda simplesmente esquece completamente do estilo que a consagrou e você ainda reclama de Metallica e Iron Maiden ?

Sério, vocês acham que "Enter Sandman" ou "Fear of the Dark" músicas que transgridam tanto o "verdadeiro" Heavy Metal ? Que o bom mesmo é ir a fundo em músicos que lutaram bravamente no mercado fonográfico marginal e nunca ficaram conhecidos por serem fiéis, tanto aos fãs quanto ao gênero ?
Acham mesmo que eles nunca tentaram ? HAHAHAHA!

Se você tiver procurando Heavy Metal, esquece desse disco. Talvez ele agrade mais quem é fã de Dire Straits ou Pink Floyd e olhe lá, eu gosto tanto de Dire Straits e Pink Floyd e simplesmente odiei o disco.
O tempo todo a banda tenta criar uma atmosfera progressiva e fracassa miseravelmente a todo momento, criando únicamente uma atmosfera de tédio.
First Class não tem nada que lembre Heavy Metal. Uma música que começa com sons de diálogos e um teclado criando um ambiente para entrar outros instrumentos que irão acompanhar a linha melódica que seguirá de forma padrão o disco inteiro.
Silencioso, repetitivo, chato. Esse padrão se repete em Cold in the Air, Touching the Ice, Second Stage, Proxima (esse é o nome da música e ao mesmo a minha vontade de passar para outra faixa, genial).
Talvez em The Link part I e II por ter "certa" distorção e um vocal mais agressivo, é o máximo de peso e pegada que você irá encontrar aqui nesse disco. Nas próximas faixas você pode pegar o travesseiro e dormir novamente, foi alarme falso, o disco não vai melhorar.
New Ground é a maior música do disco, com seus 6:22, e talvez a pior por causa disso. Outra música em que o Heavy Metal mandou um abraço, uma bateria repetitiva e um intenso e atmosférico uso de teclado, sem solos, sem variações, sem absolutamente nada. From the Outside tem uma introdução de guitarra bonitinha (é o único momento bom do disco) e segue com violões e teclado (sim, novamente, você vai ouví-lo muito nesse disco, se não gosta e quer conhecer o disco mesmo assim, prepare-se). Wonderland é uma música bem próxima das faixas comerciais da época, animadinha e cheias de sintetizadores, um synth-pop sem tirar nem por.
Hemispheres parece ter saído do disco The Wall ou Final Cut do Pink Floyd, com um leve fundo feito pelo teclado dando ênfase para melodia vocal interpretada.

Resumindo, a banda tentou ganhar um público com um som comercial. Pelo fato deles terem fechado com a minúscula gravadora "Spaced Out Music" (que nem site tem) não muda a realidade.
Alias, é bem comum você encontrar pequenas bandas com uma enorme ênfase comercial exacerbada, para ascender rápido e emplacar algum hit. Não faço uma condenação moral disso, cada um está tentando ganhar o seu, colocar pão na mesa e coisa e tal. Mas não entre nessa religião do "anti-mainstreen" achando que tudo que se faz está livre e desimpedido dessa influência. Alias, melhor, pare de ser bitolado, há coisas comerciais ótimas! E, na minha opinião, British Standard Approved não é dessas.

Abaixo a música "From the Outside", aquela com a intro de guitarra bonitinha:



Se não tiver funcionando o link, deixe o seu comentário avisando.

sábado, 20 de julho de 2013

Crítica: When Seconds Count - Survivor

When Seconds Count - Survivor (1986)

When Seconds Count é o sexto album de estúdio do Survivor e o segundo com o vocalista Jimi Jamison. Esse disco, alias, essa banda não deve agradar nenhum pouco os mais radicais. Survivor é uma banda que, podemos dizer, é Hard Rock Pop por excelência. Não temos sessões instrumentais agressivas e as canções são focadas na melodia vocal e impulsionadas pelos sintetizadores, algo muito comum nos anos 80.
Aos mais tolerantes a banda poderá agradar bastante. Esse disco em específico possui grandes hits como "Is this Love" e "Burning Heart" que esteve presente na trilha sonora de Rocky IV.
É um disco datado na década de 80 e isso não quer dizer que seja ruim, se você quiser fazer uma viagem no tempo, escute esse disco, é como entrar num Delorean.
Além de "Burning Heart" e "Is this Love" as músicas "When Seconds Count" e "Backstreet Love Affair" soaram bem empolgantes.

 Jimi Jamison
O grande destaque do disco é o vocalista Jimi Jamison
Em todas as músicas canta muito bem, uma voz muito bonita.

Para quem gosta do filme Rocky IV, abaixo a música Burning Heart com cenas do filme e legenda em português:


domingo, 2 de junho de 2013

Crítica: Angel Witch - Angel Witch

Angel Witch é o primeiro disco da banda britânica de mesmo nome.
O álbum foi lançado em 1980 pela Bronze Record e, desde então, recebeu quatro novas reedições ao longo dos anos.
O disco já chama atenção pela capa, uma gravura do renomado pintor romântico inglês do século XIX John Martin chamado The Fallen Angels Entering Pandemonium.

Angel Witch - 1980
Angel Witch, capa do disco
The Fallen Angels Entering Pandemonium de John Martin

Em relação as críticas Angel Witch recebeu muitos reviews positivos. A única exceção na época foi a crítica do jornalista Paul Suter da influente revista britânica de música Sounds em 1980 que definiu o disco como "pavoroso" com um vocal extremamente fraco.
Outro crítico da revista Sound chamado Malcom Dome contrariou esse review de Paul e diz ter amado a agressividade mesclada a melodia presente no álbum, colocando-o inclusive como "álbum do ano" ao lado de Demolition do Girlschool.
Martin Popoff, um crítico canadense especializado em Heavy Metal disse que este é o único álbum da banda com uma importância profunda e disse ainda que nele se encontra a primeira panorâmica do que seria o Black Metal como foi conhecido.
"(...) mix of gothic melody, sinister surprise and scorching dense riffery (...)"
Popoff, Martin  - The Collector's Guide to Heavy Metal: Volume 2: The Eighties.  
Alex Henderson da Allmusic colocou o disco como clássico do Heavy Metal ao lado de discos do Iron Maiden, Def Leppard, Saxon, Girlschool e Diamond Head.
Chad Bowar da About.com recomendou o disco como um dos melhores discos dos anos 80.
Para ver a crítica inteira de Chad Bowar acesse:
http://heavymetal.about.com/b/2010/09/10/retro-recommendation-angel-witch-angel-witch.htm

Destaque:
Angel of Death

Prós:
Um  dos melhores discos da década com certeza, as músicas são todas ótimas e combinam muito bem agressividade e melodia

Contras:
Nenhum

sábado, 1 de junho de 2013

Crítica: Helluva Band - Angel

Angel Helluva Band
Angel, Helluva Band, 1976
Capa da frente
Angel Helluva Band
Capa de trás

Helluva Band é o segundo disco da banda Angel lançado em 1976.
A banda surgiu de forma bem peculiar.
Nesse universo Glam Rock, de roupas brancas de poliester, cabelos louros, maquiagem andrógena, a banda tinha o objetivo de ser uma espécie de contraponto angelical ao KISS. Apesar da proposta interessante, o som do primeiro disco (Angel, lançado em 1975), segundo alguns críticos, estava longe de ser original e foi altamente derivado de outras bandas, incluindo o próprio KISS.
Neste segundo disco, no entanto, a banda busca aumentar o seu leque de influência, seguindo uma linhas mais próximas do Queen, como em Angel Theme, Feelin' Right, e do Yes e Emerson Lake & Palmer, com em The Fourtune. O resto, pode-se dizer variar entre o rock mais comercial (da época) e o Glam Metal com partes bem interessantes, bom uso de teclado e guitarras melodiosas.
Trata-se de um disco que tenta explorar tanto um lado mais pesado quanto progressivo do Rock. Pegadas mais variadas você poderá encontrar em músicas como Dr.Ice, Mirrors e Pressure Point.
Tanto a parte mais agressiva quanto a mais progressiva do disco há uma comunicação bem forte entre guitarra e teclado, com mais ênfase no teclado.
Os membros da banda que mais se destacam são o guitarrista Punky Meadows e o tecladista Gregg Giuffria que teve nesse disco, a sua disposição, órgão, piano, clavinet, cravo, mellotron e sintetizadores. A ótima voz de Frank DiMino também não fica atrás.
Ótimo disco!

Destaques:
The Fortune
Pressure Point
Angel Theme

Prós:
Melodias fortes, bons riffs, boa comunicação entre teclado e guitarra.

Contras:
O uso exagerado do tom do teclado, muito alto, em relação aos outros instrumentos, pode incomodar

Abaixo a música Feelin' Right

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Crítica: Pretties for You - Alice Cooper

Pretties for You - Alice Cooper - 1969
Capa do disco, uma pintura feita por Ed Beardsley

Pretties for You,  lançado em 1969 é o primeiro disco da banda Alice Cooper, quando Alice Cooper ainda se referia a banda e não ao cantor principal.
É bom avisar que esse disco poderá causar estranheza se você conhece Alice Cooper na sua roupagem mais conhecida, de Hard Rock, pois este explora um universo muito mais psicodélico, misturado com Acid Rock, Garage e certa influência de Beatles.

Controverso, Pretties for You foi um fracasso tanto de crítica qunato de vendas. Lester Bangs, da revista Rolling Stone, por exemplo, disse que o disco não havia vida, espontaneidade, alegria, raiva ou lhe inspirava qualquer paixão, classificando como um totalmente dispensável.

E é assim que ele foi tratado, servindo apenas praticamente como um registro histórico do grupo.
A canção "Reflected" , que deu origem ao primeiro single, foi reescrita como "Elected" no consagrado disco "Billion Dollar Babies" de 1973. As outras músicas se perderam no arquivamento da memória como se fossem fósseis de um museu, já que nunca são mencionadas ou tocadas ao vivo.

As músicas possuem muita vocalizações que soam enjoativas embora hora ou outra possa aparecer bons riffs e até bons solos, com boa pegada  como em Swing Low Sweet Cheeiro e Living. A banda é competente, provou isso melhor nos discos posteriores, não poderia ser diferente.

O disco também não é de todo ruim, existe apenas um número grande de músicas dispensáveis e partes esquisitas, uma espécie de flerte dodecafônico. Entretanto, não seria um disco que eu recomendaria.

A capa do disco é uma pintura feita por Ed Beardsley, um pintor californiano.
Apenas a título de curiosidade, imagem da capa do disco foi pendurada na sala de estar do músico Frank Zappa, porém, segundo sua esposa, foi roubado.

Destaques
Swing Low Sweet Cheeiro
Living

Prós:
É uma experiência interessante de mistura de Rock de Garagem, Acid Rock e Psicodelia

Contras:
Vocalizações enjoativas e muitas músicas dispensáveis

Abaixo a música Swing Low Sweet Cheeiro

Alice Cooper - Love It To Death Tour (1971) - Posters e Anúncios Históricos

Fillmore East, New York 11-12th June 1971
Fillmore East, New York 11-12th June 1971
Atlanta Municiple Auditorium, Atlanta, Georgia 1st April 1971
Atlanta Municiple Auditorium, Atlanta, Georgia 1st April 1971

Opera House, Chicago, Illinois 17th April 1971
Opera House, Chicago, Illinois 17th April 1971

Civic Center, Virginia Beach, Virginia 12th May 1971
Civic Center, Virginia Beach, Virginia 12th May 1971

Sam Houston Coliseum, Houston, Texas 31st May 1971. From the collection of Dr. Dennis Hickey.
Sam Houston Coliseum, Houston, Texas 31st May 1971. From the collection of Dr. Dennis Hickey.

Youth Expo, Kingsbridge Armory, Bronx, New York June 1971
Youth Expo, Kingsbridge Armory, Bronx, New York June 1971


Alexandria Roller Rink Ad 13th June 1971
Alexandria Roller Rink Ad 13th June 1971

Alexandria Roller Rink, Alexandria, Virginia 13th June 1971
Alexandria Roller Rink, Alexandria, Virginia 13th June 1971

York Stadium, Toronto, Ontario 1971
York Stadium, Toronto, Ontario 1971

Fairgrounds Arena, Oklahoma City, Oklahoma 13th July 1971
Fairgrounds Arena, Oklahoma City, Oklahoma 13th July 1971


The Park, North Baltimore, Ohio 21st August 1971
The Park, North Baltimore, Ohio 21st August 1971

Jahrhunderhalle, Frankfurt, Germany 27th October 1971
Jahrhunderhalle, Frankfurt, Germany 27th October 1971

Concertgebouw, Amsterdam, Holland 29th October 1971
Concertgebouw, Amsterdam, Holland 29th October 1971


The Rainbow, London, England 7th November 1971
The Rainbow, London, England 7th November 1971

The Rainbow, London, England 7th November 1971
The Rainbow, London, England 7th November 1971


Fonte:
http://www.alicecooperechive.com