quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Os 20 melhores discos de Metal de 2015


01 - The Book of Souls (Iron Maiden)
02 - Meliora (Ghost)
03 - The Children of the Night (Tribulation)
04 - Under the Red Cloud (Amorphis)
05 - In Time (Enslaved)
06 - Coma Ecliptic (Between the Buried and Me)
07 - Luminiferous (High on Fire)
08 - Condition Human (Queensryche)
09 - The Plague Within (Paradise Lost)
10 - The Direction of the Last Things (Intronaut)
11 - VII Sturn und Drag (Lamb of God)
12 - The Anthropocene Exctinction (Cattle Decapitation)
13 - Out of the Garden (Crypt Sermon)
14 - Scar Sighted (Leviathan)
15 - Apex Predator - Easy Meat (Napalm Death)
16 - Juggernaut Alpha and Omega (Periphery)
17 - Hammer of the Witches (Cradle of Filth)
18 - Arcturian (Artcturus)
19 - Maktbehov (God Mother)
20 - Reclusive Blasphemy (One Master)

Lista da Loudwire
http://loudwire.com/20-best-metal-albums-2015/

20 melhores canções de Metal de 2015

01 - Empire of the Clouds (Iron Maiden)
02 - Cirice (Ghost)
03 - Death of King (Amorphis)
04 - Smash a Single Digit (Napalm Death)
05 - Memory Palace (Between Buried and Me)
06 - 512 (Lamb of God)
07 - Manufactured Exctinct (Cattle Decapitation)
08 - Fast Worms (Infornaut)
09 - The Black Plot (High on Fire)
10 - Repentless (Slayer)
11 - Guardian (Queensryche)
12 - Waiting for the Screams (Autopsy)
13 - Fatal Illusion (Megadeth)
14 - Road of Resistence (Babymetal)
15 - Right Wing of the Garden Triptych (Cradle of Filth)
16 - Strange Gateways Beckon (Tribulation)
17 - Alpha (Periphery)
18 - Sand Baptism (Rivers of Nihil)
19 - Medusalem (Moonspell)
20 - Vlad, Son of the Dragon (The Black Dahlia Murder)

Lista da Loudwire
http://loudwire.com/20-best-metal-songs-2015/

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Fanny: Uma banda feminina que você precisa conhecer



Fanny é o primeiro grupo que é notavelmente composto apenas por mulheres. Antes do Girlschool, antes do Runaways.
As fundadoras do grupo, as irmãs Millington, nasceram nas Filipinas e foram para a Califórnia em busca daquele sonho americano.
As meninas são feiinhas, só por isso não fizeram sucesso como as Runaways.
Mas é uma banda muito, mas MUUUUUUUUITO superior as The Runaways em todos os sentidos musicais possíveis.
Em vez de colocar uma magrelinha rebolando de espartilho você tinha MULHERES FEITAS tocando bem pra caralho, compondo bem pra caralho.
Mas, convenhamos, o Rock sempre viveu mais de aparência do que de som mesmo. Então não espere que vai ter filminho delas ou um reconhecimento maior do que uma boa lembrança. E só.

Abaixo a música Charity Ball


Baixe os discos aqui
http://murodoclassicrock4.blogspot.com.br/2011/11/fanny-discografia.html

sábado, 31 de outubro de 2015

Banda JOLT


No dia 30 de Outubro (ontem) eu estava no Shopping Dom Pedro e dei uma passada na FNAC. Gosto de passar um tempo lendo num café fica no fundo da loja. Do lado desse café fica um palco e, naquele dia, ocorria ali uma movimentação.
Traz instrumentos pra cá, traz instrumentos pra lá. Era uma banda que ia se apresentar ali obviamente.
Fui pego de surpresa, não sabia que isso ia acontecer. Cogitei ir para outro lugar, não estava com o menor saco pra ouvir nada nesse dia, queria ficar ali no meu canto, quieto, sossegado, lendo meu Crime e Castigo de Dostoiévski. Mas fiquei com preguiça de levantar a bunda da cadeira e fiquei por ali mesmo. Consigo me concentrar.
Quando a banda chegou no palco para fazer a passagem de som finalmente vi no que estava metido, a banda tinha alguns adolescentes com tatuagens, óculos. Me pareceu algo entre hipster e emo, e duas crianças, sim DUAS CRIANÇAS. Pensei comigo: "Puts, isso vai ser uma bosta".
A banda em questão era a banda JOLT. Nunca tinha ouvido falar. Pela aparência da banda achei que o repertório da banda ia ser algo entre Banda Cine e Highschool Musical.

Isso mudou quando a banda começou a tocar. Não era nada do que eu imaginava. A banda ERA BOA.
Em vários momentos da apresentação parei para prestar atenção. As músicas eram bem executadas, não havia excessos, os músicos se entrosavam bem, a menina (Mariana), que fazia um par vocal com outro menino (Cauan), cantava muito bem, o guitarrista mandava bem, a cozinha era bem feita, criativa e o teclado não estava ali de enfeite ou só para criar atmosfera, ele se expressava solidamente nas músicas também.
Uma grande virtude da banda, e que eu admiro, é que a banda não foi lá fazer covers, ela estava lá apresentando um trabalho autoral, honesto e de qualidade.

Apesar da banda se definir com termos hiper-prafrentex como "Art Pop", "Indie Pop", "Folktrônica (que porra é essa?), "Minimalista", o que me expulsaria logo de cara, havia ali uma conexão com o passado, na época em que as músicas eram boas. Bastante influência de Funk e deu pra notar até mesmo alguma influência de Deep Purple do MK IV.

Aqui vai uma música deles, tirem suas próprias conclusões:


Site da banda:
http://www.bandajolt.com.br/

domingo, 13 de setembro de 2015

Iron Maiden: Análise de Singles e Discos. Parte 2 (1981)

Killers Iron Maiden
Killers
02 de Fevereiro de 1981 - Killers

1 - The Ides of March
2 - Wrathchild
3 - Murders in the Rue Mourgue
4 - Another Life
5 - Genghis Khan
6 - Innocent Exile
7 - Killers
8 - Prodigal Son
9 - Purgatory
10 - Drifter

Depois do sucesso do primeiro disco o Iron Maiden em 2 de Fevereiro de 1981 resolve lançar seu segundo disco: Killers. A carta de apresentação, a capa, é excelente. Uma das melhores capas de discos de todos os tempos. O Eddie aparece aqui em seus traços definitivos.
Muitas coisas nesse disco marcam o desenvolvimento de elementos que acompanhariam a banda por muito tempo. O primeiro é a entrada do guitarrista Adrian Smith. Adrian se tornaria um guitarrista cultuado dentro do Heavy Metal e sua química perfeita com Dave Murray influenciara uma geração de instrumentistas no gênero.
O segundo elemento é a direção "mão de ferro" de Steve Harris que vai exigir dos músicos um comprometimento cada vez maior com a banda. Por conta disso esse é o último disco que Paul Di'anno participa. Ele será arrancado da banda (sim, essa é a palavra mesmo) por conta dos seus problemas com álcool e cocaina, que estavam afetando sua participação nas apresentações ao vivo.
Esse também é o primeiro disco em que o veterano produtor Martin Birch (que já trabalhou com Deep Purple, Wishbone Ash, Rainbow e Black Sabbath) participa. Um produtor que vai acompanhar a banda até o disco Fear of the Dark de 1992.
Bem o que temos?
O disco abre com The Ides of March, uma pequena faixa instrumental de 1:45. Existe uma certa polêmica em cima dessa faixa pois ela já apareceu com o nome Thunderburst em outro disco, não do Iron Maiden, mas do Samson (uma das primeiras bandas do Bruce Dickinson), em Head On, lançado em 27 de Junho de 1980.
No disco do Samson a música Thunderburst é creditada à Steve Harris e a Thunderstick, o baterista do Samson. No disco Killers ela aparece com outro nome e os créditos da música são apenas de Steve Harris, o que deixou os membros do Samson um pouco chateados.
De qualquer forma é uma ótima abertura instrumental, com bons solos de guitarra, boas linhas de baixo e uma levada de bateria excelente.
A segunda faixa, Wrathchild, começa com um dos melhores riffs de baixo de Steve Harris. Uma música pesadíssima, excelente e que marcaria presença em todos os shows ao vivo da banda ao longo de sua carreira.
A terceira faixa é Murders in the Rue Mourge, uma das melhores do disco e da carreira da banda. Temos uma abertura belíssima, suave, com linhas de baixo e guitarras excelentes, calmas, seguida de batidas repentinas e violentas de Clive na bateria e um andamento acelerado fenomenal.
A quarta faixa, Another Life, começa com uma excelente introdução de bateria seguida de um ótimo riff de guitarra, seguida de um ótimo solo de aberutra e uma condução de baixo fenomenal. Uma das melhores músicas esquecidas da banda, sem dúvida.
Outra faixa sensacional que a banda parece ter se esquecido é a quinta faixa, a instrumental Genghis Khan, uma das melhores cozinhas que o Iron Maiden já fez. O diálogo entre a bateria de Clive Burr e o baixo de Steve Harris nesse disco, como um todo, está simplesmente de outro mundo, mas nessa faixa eles se superaram.
Por falar em Steve Harris vemos ele fazendo uma das mais inventivas linhas de baixo do disco na próxima faixa, Innocent Exile. Uma faixa excelente como um todo, não apenas nas linhas de baixo. Uma faixa excelente que também ficou meio esquecida pela banda, mais uma para coleção.
A derradeira faixa, Killers, que dá nome ao disco, também é uma das melhores músicas do disco e da banda. A música tem uma das melhores introduções que a banda já fez. Começa com uma linha de baixo excelente, combinada com ótimas conduções de prato por Clive e uma guitarra que aos poucos vai tomando forma e pegando a condução da cozinha, juntamente com Paul Di'anno que vai soltando alguns gritos durante o processo. A música explode em um Heavy Metal pesadíssimo e expressivo. Um clássico que, infelizmente, é pouco executado ao vivo.
A próxima música, Prodigal Son, é a mais fraca do disco, mas ainda sim é uma boa música. É uma faixa mais leve, em que Paul Di'anno canta com suavidade de voz e calma, bem diferente do estilo da banda no geral.
O peso volta de vez na próxima faixa, Purgatory. Um Heavy-Metal-Punk direto no melhor estilo Sanctuary. Temos aqui outra excelente faixa que está entre as melhores do disco e da banda.
A última faixa, Drifter, está oficialmente num disco oficial da banda. Ela já tinha aparecido antes no single Sanctuary, lançado em 23 de Maio de 1980.
É uma música excelente, com ótima cozinha, bons solos de guitarra e variação rítimica interessante.
A importância desse disco é grande, temos a banda em pleno desenvolvimento. Certamente um dos melhores discos do Iron Maiden e do Heavy Metal em geral. Temos aqui a primeira participação de Adrian Smith, apesar de estar um pouco tímido, e a primeira saudável parceria entre a banda e o clássico produtor Martin Birtch, que faz um trabalho respeitável, deixando o disco bem mais polido, limpo e sem atrapalhar o peso das músicas. A qualidade da produção desse disco comparado ao primeiro é gritante.
Nota: 8,5.

Twilight Zone Iron Maiden
Twilight Zone
02 de Março de 1981 - Twlight Zone (Single)

1 - Twilight Zone
2 - Wrathchild

Twilight Zone é um single lançado pela banda em 2 de Março de 1981, um mês depois do lançamento do segundo disco da banda, o Killers.
A música Twilight Zone seria incluída no disco Killers oficialmente nas prensagens posteriores da versão norte-americana do disco. Trata-se de um Hard'n Heavy com excelentes riffs escrito por Dave Murray.
As versões japonesas do disco a música saiu com o título errado, "Details of Twilight Zone".
A capa do disco é excelente, pra variar. Derek Riggs nessa época estava extremamente inspirado para fazer as capas dos discos. Eddie aparece aqui em um quarto de uma mulher na forma de um expectro.
A outra música que aparece no disco é Wrathchild, a mesma do disco Killers.
A importância desse single é relativa, ele apresentou uma nova música que seria inserida no disco posteriormente. É completamente dispensável se você tiver a versão americana do Killers.
Nota 6,5.

Purgatory Iron Maiden
Purgatory
15 de Junho de 1981 - Purgatory (Single)

1 - Purgatory
2 - Genghis Khan

O single Purgatory foi lançado depois de quatro meses depois do lançamento do disco Killers com 2 músicas que já estavam presentes no disco: Purgatory e Genghis Khan. É, talvez, um dos lançamentos mais dispensáveis da história da banda.
A única coisa interessante aqui é a capa. Derek Riggs mais uma vez fantástico fazendo um desenho onde a face de um demônio se despedaça revelando a figura de Eddie.
Nota 5,5.

Maiden Japan Iron Maiden
Maiden Japan (Capa original)
14 de Setembro de 1981 - Maiden Japan (ao vivo)

1 - Wrathchild
2 - Purgatory
3 - Sanctuary
4 - Remember Tomorrow
5 - Another Life + Solo de Bateria
6 - Genghis Khan
7 - Killers
8 - Innocent Exile
9 - Twilight Zone
10 - Strange World
11 - Murders in the Rue Mourgue
12 - Phantom of the Opera
13 - Iron Maiden
14 - Running Free
15 - Transylvania + Solo de Guitarra
16 - Drifter
17 - I've Got the Fire (Montrose)

Maiden Japan, também conhecido como Heavy Metal Army, é o primeiro ao vivo oficial do Iron Maiden lançado em Setembro de 1981, sete meses depois do lançamento do segundo disco de estúdio, Killers.
A primeira versão do disco, japonesa, contém apenas quatro músicas. Running Free, Remember Tomorrow, Killers e Innocent Exile. A segunda versão do disco, comercializada nos Estados Unidos, no Canadá, na Argentina, na Australia, na Nova Zelândia e no Brasil tinha a música Wrathchild.
Mas se você quiser uma versão mais completa do disco recomendo a edição especial com 17 músicas: Wrathchild, Purgatory, Sanctuary, Remember Tomorrow, Another Life (com um solo de bateria), Genghis Khan, Killers, Innocent Exile, Twilight Zone, Strange World, Murders in the Rue Mourugue, Phantom of the Opera, Iron Maiden, Running Free, Transylvania (com um solo de guitarra), Drifter e I've Got the Fire (cover do Montrose).
O título do disco é uma brincadeira com outro disco famoso no Rock, o Made in Japan, do Deep Purple.
É também o último registro oficial da banda com Paul Di'anno, que deixou a banda para a entrada de Bruce Dickinson.

Maiden Japan (Venezuelana) Iron Maiden
Maiden Japan (versão venezuelana)
A capa do disco tem duas versões, a mais conhecida, com Eddie segurando uma espada e uma outra versão que rodou a Venezuela com Eddie decapitando Paul Di'anno; essa capa rapidamente substituída pela original a mando de Rod Smallwood pois temia que ela fosse interpretada de forma equivocada (como se o desenho tivesse a ver com a saída de Paul Di'anno, representando "sua morte" na banda).
O disco combina a selvagaria meio punk dos primeiros discos com performances individuais interessantes (de Clive Burr e Dave Murray) que apontariam a uma direção instrumental mais elaborada, muito mais explorada a partir do disco Piece of Mind de 1983. Esse disco não possui uma produção muito boa. A gravação apenas soa um pouco abafada. De qualquer maneira tem uma importância na carreira da banda e deve, certamente, compor sua coleção.
Versões ao vivo de músicas como Strange World, Innocent Exile e Twilight Zone você só vai encontrar nesse disco. Todas execuções memoráveis.
Nota 7,5.

domingo, 6 de setembro de 2015

Iron Maiden: Análise de Singles e Discos. Parte 1 (de 1979 a 1980)

The Soundhouse Tapes Iron Maiden
The Soundhouse Tapes
09 de Novembro de 1979 - The Soundhouse Tapes (Demo)

1 - Iron Maiden
2 - Invasion
3 - Prowler

The Soundhouse Tapes é a primeiríssima gravação da banda. Lançado em 9 de Novembro de 1979 este disco apresenta três músicas que foram gravadas na Spaceward Studios (em Cambridge, Inglaterra) no ano novo de 1978: Iron Maiden, Invasion e Prowler.
A música Strange World também tinha sido gravada nessa época mas, pela péssima qualidade da gravação, Steve Harris resolveu eliminá-la do disco.
Quando o The Soundhouse Tapes foi lançado a banda só tinha disponível 5.000 cópias, que eram mandadas por caixa-postal por encomenda. Devido ao grande sucesso do disco as quantidades se mostraram insuficientes para a demanda. Não menos que 3.000 cópias das 5.000 disponíveis foram vendidas na primeira semana, o que despertou o interesse de grandes gravadoras como a EMI, que lançaria o primeiro disco da banda posteriormente.
O disco abre com Iron Maiden, a música que dá nome a banda. Trata-se de uma música sangrenta e pesadíssima, talvez uma das mais pesadas da banda até hoje. Com um riff bem característico, um solo de baixo "matador" e uma letra gore, são poucas as músicas nessa época que podem ser comparadas em agressividade. Essa música é, sem dúvidas, a mais icônica do disco e é o grande primeiro clássico apresentado aqui. Uma música que acompanharia a banda em todos os shows ao vivo com execuções apoteóticas e destruidoras.
Boa parte do que conhecemos (e gostamos) da banda está contida nesse disco de forma bem rudimentar. Apesar de exalar "Punk Rock" e não ter nenhuma faixa, digamos, "Progressiva", o que seria marca registrada da banda posteriormente, temos desde aqui características típicas da banda como o gosto por temas históricos, representado na música Invasion, um Heavy-Metal Punk que conta sobre os Vikings e o senso melódico apurado contrabalanceando com o peso, como na excelente Prowler, a melhor música do disco, com sua belíssima guitarra melodiosa, usando e abusando do Wah-Wah.
A importância desse disco é impar. Foi esse disco que lançou esses jovens suburbanos do East End para o mundo. A gravação não é das melhores - mas não chega a incomodar tanto. As músicas são extremamente diretas e agressivas, puxadas para o Punk, mas contém elementos melodiosos que também caracterizam bem a banda. Para quem está querendo conhecer a banda talvez não seja interessante começar por este disco, ele empolgará mais aos fãs e colecionadores, quem já é interessado pelo Iron Maiden.
Nota 7,0.

Running Free Iron Maiden
Running Free
08 de Fevereiro de 1980 - Running Free (Single)

1 - Running Free
2 - Burning Ambition

Running Free foi um single lançado em 8 de Fevereiro de 1980 como uma prévia para o disco oficial que seria lançado 2 meses depois.
A música que encabeça o disco é um clássico da banda escrito por Steve Harris e Paul Di'anno.
Segundo Paul esta música assume tons autobiográficos, embora ele nunca tenha passado uma noite numa prisão em Los Angeles como conta a letra.
É, na verdade, sobre ter 16 anos e estar em fase de descobrir a vida, com essa ânsida de liberdade. Uma homenagem a juventude, tal como Eighteen de Alice Cooper.
Mick Wall descreve a música como uma "apoteose Punk-Metal".
A segunda música que acompanha o disco original é Burning Ambition, uma das primeiras composições de Steve Harris que, sabe-se se lá por que, apenas aparece em singles e compilados da banda. Trata-se de uma música muito boa, com uma pegada Hard Rock Setentista excelente. Talvez por ser uma das composições de sua primeiríssima banda, o Gypsy's Kiss, ele resolveu preservá-la de um lançamento formatado num disco exclusivo do Iron Maiden que, para quem não sabe, é a sua segunda banda.
A versão japonesa deste single não contém Burning Ambition e sim Prowler.
A capa da versão original é uma das mais icônicas da banda. O Eddie aparece na penumbra perseguindo um jovem enquanto uma mão zumbi aparece na frente (um outro Eddie?). Nas paredes dá para ver pixações com nome de bandas que influenciaram o Iron Maiden:  Scorpions, Judas Priest, AC/DC, Sex Pistols e Led Zeppelin.
A capa da versão japonesa do disco é a mesma que, posteriormente, seria utilizada no single de Sanctuary. Aquela mesma em que Eddie mata Margareth Tatcher.
A importância do disco é relativamente alta. Apeser de ser apenas uma prévia do álbum o conjunto se transforma em material icônico analisando certos aspectos. A começar pela capa (que inaugura oficialmente o Eddie) e por tudo que envolve esse single (a primeira experiência da banda fora do circuito de pubs e barzinhos, o primeiro passo oficial do estrelato). As músicas são muito boas. A gravação, apesar de não ser um material demo, deixa muito a desejar. Não é um material totalmente indispensável, mas um daqueles caprichos gostosos de se ter.
A versão japonesa é definitivamente dispensável até como capricho. Além de não ter Burning Ambition perde com o elemento da capa.
Nota 7,0.

Iron Maiden Iron Maiden
Iron Maiden
14 de Abril de 1980 - Iron Maiden

1 - Prowler
2 - Remember Tomorrow
3 - Running Free
4 - Phantom of the Opera
5 - Transylvania
6 - Strange World
7 - Charlotte the Harlot
8 - Iron Maiden

Finalmente o primeiro disco oficial do Iron Maiden. Lançado em 1980 este disco certamente é um dos maiores clássicos do Heavy Metal de todos os tempos.
Foi lançado pela EMI no Reino Unido e pela Harvest/Capitol Records nos Estados Unidos anos depois, com a canção Sanctuary, previamente lançada como single no Reino Unido. Em 1998, quando a banda resolveu relançar todos os seus discos pré-1995, este disco foi remasterizado e a faixa Sanctuary foi oficializada no disco no mundo inteiro. Apenas para manter a fidelidade da linha do tempo vou comentar apenas da primeira versão do disco, a britânica, sem a faixa Sanctuary.
O disco foi bem recebido tanto pelo público quanto pela crítica. Colocou o Iron Maiden entre os grandes em pouco tempo. Em questão de semanas a banda já estava fazendo turnês com o Judas Priest (na British Steel Tour) e Kiss (na Unmasked Tour). Poucos imaginariam que aqueles garotos suburbanos do East End se tornariam responsáveis pelo maior nome do Heavy Metal de todos os tempos (sim, maior que Black Sabbath).
O disco já começa com a enérgica Prowler. Uma versão um pouco mais acelerada do que aquela mostrada no The Soundhouse Tapes.
A segunda faixa é Remember Tomorrow, escrita por Paul Di'anno, uma das melhores músicas do disco. Começa lenta e atmosférica e depois explode em peso.
Running Free segue como terceira faixa do disco, uma música que já tinha aparecido no single que precedeu o disco.
A quarta faixa do disco é uma das melhores canções da banda de todos os tempos e uma das preferidas de Steve Harris: de Phantom of the Opera. Uma música relativamente extensa, instrumentalmente muito bem executada, cheia de variações de tempo e mudanças rítimicas interessantes. Essa música mostra o bom entrosamento e perfeita química entre os integrantes da banda.
A quinta faixa do disco, Transylvania, é a segunda melhor música desse disco e também uma das melhores músicas da banda. Trata-se de uma música instrumental pesadíssima de quatro minutos.
A sexta faixa, Strange World (aquela que estaria no The Soundhouse Tapes) é uma balada lindíssima e pesada, com uma excelente linha de guitarra e uma atmosfera meio psicodélica. É uma das faixas mais distoantes do estilo da banda, mas ainda sim uma ótima música.
A próxima faixa, Charlotte the Harlot, é uma música de Dave Murray. Conta a história de uma prostituta fictícia chamada Charlotte. Assim como Nurse Rosetta e Steven de Alice Cooper essa personagem ficaria conhecida também em outras músicas soltas da banda como 22 Acacia Avenue do disco The Number of the Beast de 1982, Hooks in You do disco No Prayer for the Dying de 1990 e From Here to Eternity do disco Fear of the Dark de 1993. É uma música selvagem e sexual como poucas que a banda compôs em sua carreira.
A última música é Iron Maiden, um dos maiores clássicos da banda de todos os tempos e, como foi dito (e que está evidente), a música que batiza a banda.
Ela já foi apresentada antes no The Soundhouse of Tapes e também está mais acelerada aqui.
A importância desse disco não apenas na carreira do Iron Maiden mas como na história do Heavy Metal é inegável. As músicas são sublimes e variadas, caminham entre uma pegada Punk e um Heavy Metal com certa sofisticação técnica e genialidade criativa. É um material indispensável. O único defeito é a produção porca de Will Malone, um cara que a banda acertadamente não trabalharia nunca mais.
Nota 8,5.

Sanctuary Iron Maiden
Sanctuary
23 de Maio de 1980 - Sanctuary (Single)

1 - Sanctuary
2 - Drifter (Ao vivo no Marquee Club, 1980)
3 - I've Got the Fire (Ao vivo no Marquee Club, 1980) *Música do Montrose

Lançado em Maio de 1980, um mês depois do lançamento oficial do primeiro disco, Sanctuary foi um single lançado em um LP de 7 e 12 rotações.
A primeira coisa que chama atenção é a capa. Clássica. Imerso no universo Punk Derek Riggs, o desenhista das capas do Iron Maiden, faz um Eddie assassinando a primeira-ministra britânica Margareth Tatcher do partido conservador. A imagem acabou causando uma pequena agitação na mídia local e uma tarja preta foi colocada nos olhos da vítima para não ficar muito explícito e ofensivo.
A motivação da capa não foi nem política. Derek Riggs se inspirou no trecho da música Sanctuary que fala "I've never killed a woman before but I know how it feels" (Eu nunca matei uma mulher antes, mas eu sei como é).
A música Sanctuary é uma das mais rápidas, enérgicas e diretas da banda. Uma das poucas na banda que você conseguira ouvir um solo de guitarra de Dennis Straton. Uma ótima música, com uma linha de baixo excelente. Essa música vai marcar muita presença ao vivo, sempre com uma variação rítimica no final.
No lado B temos Drifter, uma música excepcional composta por Steve Harris e Paul Di'anno, que estaria no disco Killers de 1981. Temos aqui uma versão ao vivo da música, tocada no Marquee Club.
Para terminar temos uma versão ultra-agressiva de uma música ultra-agressiva. I've Got the Fire, uma música do Montrose do disco Paper Money de 1974. Com solos furiosos de Dave Murray e Dennis Straton, um vocal rasgado de Paul Di'anno, essa música é um dos melhores covers que a banda já fez.
Nota 7,5.

Women in Uniform Iron Maiden
Women in Uniform
27 de Outubro de 1980 - Women in Uniform (Single)

1 - Women in Uniform *Música do Skyhooks
2 - Invasion
3 - Phantom of the Opera (Ao vivo no Marquee Club, 1980)

Women in Uniform é uma canção de uma banda australiana chamada Skyhooks. Considerada por alguns "Guerreiros da Justiça Social" como uma música machista e misógina, a música fala de um fetiche por mulheres em uniformes.
Antes dessa onda politicamente correta músicas fetichistas como essa eram extremamente normais. Dez em cada onze músicas do AC/DC tem uma forte conotação erótica para o público masculino.
Essa é a música escolhida pelo Iron Maiden para fazer seu primeiro vídeo-clipe e até hoje é a versão mais conhecida, chegando ao top 10 na Austrália, de onde a música saiu originalmente, ganhando projeção mundial.
Muitos ainda acham que essa música é da banda e não um cover.
Lançada como single em 27 de Outubro de 1980 o disco ainda trazia a música Invasion, a mesma versão do The Soundhouse Tapes, e uma versão ao vivo de Phantom of the Opera no Marquee Club em 1980 no Marquee Club.
Uma das coisas mais interessantes desse single é a capa. Nela Margaret Thatcher, a mesma que morre na capa de Sanctuary, segura uma submetralhadora Sterling, de tocaia, se preparando para atacar Eddie, que caminha tranquilamente abraçado de duas garotas.
Não chega ser um single importante para a carreira da banda e vale apenas se você for fã ou colecionador de discos da banda.
Nota 6,5.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Crítica: Hey Stoopid (Alice Cooper)



"Hey Stoopid" é 19º disco de Alice Cooper. Foi lançado em 2 de Julho de 1991.
Depois do disco Trash de 1989 ter feito um grande sucesso Alice Cooper tentou manter o sucesso com este álbum então trouxe várias estrelas do Hard Rock e do Heavy Metal para o álbum.

Só a música "Hey Stoopid", que abre o disco, temos Slash nas guitarras junto com Joe Satriani e Ozzy Osbourne na segunda voz.
Satriani também toca nas músicas "Burning Our Bed", "Feed My Frankenstein", "Little by Little", e "Wind-Up Toy".
A música "Feed My Frankenstein" também conta com a participação de Steve Vai nas guitarras e Nikki Six (Mötley Crüe) no baixo. É a primeira vez na história que Steve Vai e e Satriani fizeram um duo, tudo graças ao Alice Cooper. God Bless!
Temos ainda Vinnie More do UFO nas músicas "Hurricane Years" e "Dirty Dreams" e Mick Mars (Mötley Crüe) na guitarra da música "Die for You".

Deu pra perceber que Alice Cooper às vezes "joga sujo" contratando um time de estrelas para seu disco. Você fica puto (não de raiva, mas de felicidade, isso existe) quando percebe que o disco seria bom independente dessas estrelas. Preste atenção, por exemplo, na textura genialmente tétrica do teclado de Derek Sherinian, um notável ZÉ NINGUÉM, especialmente na música "Feed My Frankenstein".  Ou "Might as Well Be on Mars", uma das músicas em que nenhuma estrela convidada participa, mas é simplesmente uma das melhores músicas do disco e uma das baladas mais bonitas de Alice Cooper.

Não tem muito o que dizer desse disco. Bem composto, bem executado. Nota 8,5.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

Crítica: Hearts on Fire - Baker Gurvitz Army


"Hearts on Fire" é o terceiro e último disco da banda inglesa "Baker Gurvitz Army", lançado em 1976.
É um disco de influências variadas. Sua base é o "Blues Rock", algo meio próximo do "Cream", mas ele se aventura em estilos variados que vai do "Funk", "Soul" e até "Disco Music" (como na dançante "Dancing The Night Away").
A recepção entre os fãs foi boa, embora morna. A opinião geral parece compartilhar da opinião de que é um disco que tem seus bons momentos mas nada muito memorável valendo mais como "peça de colecionador" do que um disco que você irá colocar várias vezes para ouvir durante sua vida. E é exatamente a mesma opinião minha.
Particularmente as únicas músicas do disco que me interessaram foram "Hearts on Fire", "Neon Lights", duas músicas com uma pegada um pouco mais clássica de "Hard Rock" setentista, e "Thirsty for the Blues", a melhor do disco, uma espécie de "Blues Floydiano".

Nota 5.

Não encontrei "Thirsty for the Blues" no Youtube, fica com a música título mesmo (lembrando que o disco não segue essa pegada)


quarta-feira, 17 de junho de 2015

Os 50 melhores albuns de Rock Progressivo de todos os tempos



Por quase meio século, "progressivo" foi um termo utilizado para classificar qualquer ideia no Rock que fugisse ao usual: discos conceituais, uso de sintetizadores, composições com temática fantásticas e fantasiosas.
Abaixo uma lista feita pela Rolling Stone dos 50 melhores discos de Rock Progressivo de todos os tempos.

50 - Happy the Man, 'Happy the Man' (1977)
49 - Ruins, 'Hyderomastgroningem' (1995)
48 - FM, 'Black Noise' (1977)
17 - Crack the Sky, 'Crack the Sky' (1975)
46 - Carmen, 'Fandangos in Space' (1973)
45 - Triumvirat, 'Illusions on a Double Dimple' (1974)
44 - Strawbs, 'Hero and Heroine' (1974)
43 - Electric Light Orchestra, 'Eldorado' (1974)
42 - Meshuggah, 'Destroy Erase Improve' (1995)
41 - Amon Düül II, 'Yeti' (1970)
40 - The Soft Machine, 'Third' (1970)
39 - Porcupine Tree, 'Fear of a Blank Planet' (2007)
38 - Gong, 'You' (1974)
37 - Marillion, 'Clutching at Straws' (1987)
36 - Harmonium, 'Si On Avait Besoin D'Une Cinquieme' (1975)
35 - Banco Del Mutuo Soccorso, 'Io Sono Nato Libero' (1973)
34 - Caravan, 'In the Land of Grey and Pink' (1971)
33 - Tool, 'Lateralus' (2001)
32 - Kansas, 'Leftoverture' (1976)
31 - Renaissance, 'Ashes Are Burning' (1973)
30 - U.K., 'U.K.' (1978)
29 - Dream Theater, 'Metropolis 2: Scenes From a Memory' (1999)
28 - Opeth, 'Blackwater Park' (2001)
27 - Supertramp, 'Crime of the Century' (1974)
26 - Van Der Graaf Generator, 'Pawn Hearts' (1971)
25 - The Mars Volta, 'De-Loused in the Comatorium' (2003)
24 - Magma, 'Mëkanïk Dëstruktïẁ Kömmandöh' (1973)
23 - Tangerine Dream, 'Phaedra' (1974)
22 - Rush, '2112' (1976)
21 - Camel, 'Mirage' (1974)
20 - King Crimson, 'Larks' Tongues in Aspic' (1973)
19 - PFM, 'Per un Amico' (1972)
18 - Frank Zappa and the Mothers of Invention, 'One Size Fits All' (1975)
17 - Mike Oldfield, 'Tubular Bells' (1973)
16 - Gentle Giant, 'Octopus' (1972)
15 - King Crimson, 'Red' (1974)
14 - Genesis, 'Foxtrot' (1972)
13 - Pink Floyd, 'Animals' (1977)
12 - Emerson, Lake and Palmer, 'Brain Salad Surgery' (1973)
11 - Rush, 'Hemispheres' (1978)
10 - Yes, 'Fragile' (1971)
09 - Genesis, 'The Lamb Lies Down on Broadway' (1974)
08 - Can, 'Future Days' (1973)
07 - Jethro Tull, 'Thick as a Brick' (1972)
06 - Genesis, 'Selling England by the Pound' (1973)
05 - Yes, 'Close to the Edge' (1972)
04 - Pink Floyd, 'Wish You Were Here' (1975)
03 - Rush, 'Moving Pictures' (1981)
02 - King Crimson, 'In the Court of the Crimson King' (1969)
01 - Pink Floyd, 'The Dark Side of the Moon' (1973)

Lembrem-se, lista são sempre polêmicas. SEMPRE!

domingo, 17 de maio de 2015

Dica Independente: Buffalo Trio - Entre o Grunge e o Stoner


Buffalo Trio é uma banda independente de Uberlândia (MG) que iniciou sua carreira ano passado (2014), embora seus membros estejam na correria desde 2005. A formação da banda conta com Luiz Pettersen nas guitarras e vocais, João Henrique no baixo e Fred Meira na bateria.
Seu primeiro EP foi lançado em abril de 2014.

A banda é uma mistura interessante de Grunge com Stoner Rock.
Na minha audição percebi elementos de Nirvana, Them Crooked Vultures, Kyus e Black Sabbath nos primeiros anos.

O primeiro e o segundo disco (que foi lançado recentemente) podem ser ouvido via Bandcamp

Primeiro disco: Buffalo Trio EP



Segundo disco: Variable Chocke




Mais informações da banda:

E-mail: buffalotrioband@gmail.com
Soundcloud: https://soundcloud.com/buffalotrioband
Bandcamp: https://buffalotrio.bandcamp.com/ 
Facebook: https://www.facebook.com/buffalotrioband

Créditos:
Conheci essa banda pelo ótimo site Southern Rock Brasil. Um dos poucos que realmente se dedicam a divulgação de música boa e com pegada nesse país.
Curtam a fanpage dos caras:
https://www.facebook.com/SouthernRockBrasil

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Play Dirt - Girlschool (1983)


Play Dirt é o quarto disco de estúdio da banda, lançado em 1983. É considerado um dos piores discos da banda por alguns críticos e não é por menos. Trata-se, de fato, de um disco insípido e genérico, uma tentativa ridícula de soar "Los Angeles".

Incrivelmente esse disco é o preferido da baterista Denise Dufort. Ela diz que o disco tem uma sonoridade mais madura e lembra um pouco Def Leppard.

De fato o disco tem uma sonoridade próxima de Def Leppard, na sua fase mais Pop, mas não sei no que isso tem a ver com maturidade. E não é apenas eu a pensar assim. Esse disco não foi apenas um fracasso de crítica mas de público, foi o primeiro disco do Girlschool a não entrar na UK Top 40.

As músicas estão bem mais soft, lembrando muito mais um AOR qualquer do que qualquer outra coisa que deveria ser o Girlschool.

A grande surpresa do disco é um cover do T.Rex, 20th Century Boy.

Vale ressaltar que é um disco produzido por Noddy Holder e Jim Lea da banda de Hard Rock Slade.
Segundo Eduardo Rivadavia, crítico da Allmusic, o disco provavelmente queria tentar pegar a rabeira do sucesso pop post-glam de Joan Jett e tentou copiá-la em tudo, vemos isso a começar pela capa do disco, onde temos as 4 garotas, belas e maquiadas, com olhares selvagemente penetrantes, em roupas de couro rasgadas, típico da ex-Runaway.

Falta de inspiração e falta de personalidade definem o disco, nota 5 apenas por que me simpatizo pelas garotas e sei que dentro delas, mesmo aqui, gritava um espírito mais selvagem do que isso.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Om - Pilgrimage (2007)


"Pilgrimage", o terceiro disco do "doomy duo" Om, um exemplo de como às vezes, menos é mais. Apenas com o baixo, a bateria e as cordas vocais, o grupo demonstra uma incrível capacidade de criar música de incrível profundidade e originalidade.
Esse álbum cumpre realmente o que o título sugere, uma viagem épica às terras desconhecidas de proporções subsônicas. É incrível o preenchimento sonoro somando apenas poucos instrumentos. Isso tem nome, TALENTO.
Al Cisneros comanda os caminhos dessa viagem, sem esforço ele tece linhas de baixo hipnóticas (e belíssimas) criando uma atmosfera meditativa, enquanto canta sobre planos espirituais e ilusões da experiência contemplativa e religiosa. A capa do disco é uma obra prima à parte, um ícone Ortodoxo, uma representação de um anjo. Nada mais significativo para esse disco.
Seu parceiro, Chris Hakius, não é menos importante, mantendo a música funcionando perfeitamente lisa com um bom equilíbrio "de xamã", com marchas, cadências e ritmos.
As pessoas que procuram alguma brutalidade de qualquer espécie, ou mesmo algo de metal não irá encontrar aqui, e vai descartar o álbum como chato. Não me interpretem mal, há uma abundância de riffs pesados, mas eles não são pesados de forma "tradicionalmente metálica", eles são pesados num sentido mais profundo da palavra, as paletadas no baixo distorcido e o ambiente criado pelo disco por si só, coloca muita guitarra distorcida de joelhos.

O único defeito deste disco é ter só 32 minutos.

Músicas:

1. Pilgrimage
2. Unitive Knowledge Of The Godhead
3. Bhima's Theme
4. Pilgrimage (Reprise)

Disco inteiro:

Lynyrd Skynyrd - Vicious Cycle (2003)

Lynyrd Skynyrd - Vicious Cycle - 2003

Vicious Cycle é o décimo segundo álbum de estúdio do Lynyrd Skynyrd, lançado em 2003. Foi o primeiro disco da banda após a morte do baixista original, Leon Wilkeson. Ele morreu durante as gravações, mas ainda marca presença nas músicas "The Way" e "Lucky Man".
Este álbum é o primeiro a apresentar o substituto de Wilkeson, Ean Evans, o primeiro com Michael Cartellone na bateria, e o último álbum que o guitarrista Hughie Thomasson tocou antes de morrer. Época conturbada para a banda! Da formação original acabou sobrando apenas 2 membros, Gary Rossington e Billy Powell.
O pré-lançamento do disco incluiu um single com a música "Red, White & Blue", que alcançou a primeira posição nas paradas norte-americanas na época.
Liricamente, a banda não estendeu a sua lista de tópicos em quaisquer novas direções, mas, muito sinceramente, quem se importa? Como bem disse o crítico Rob Theakston; Este é Skynyrd. A temática da banda continua a mesma: amor a família, amor a pátria, o bom gosto para bebida e para as boas coisas mundanas (mulheres em destaque, obviamente). Uns momentos de curtição, Rock'n Roll, e outros momentos contemplativos em busca da alma e das origens, hora ou outra um lamento, não precisa mais do que isso. A exceção temática do disco está na canção "Mad Hatter", que é um tributo ao baixista Leon Wilkeson que, como foi dito, passou dessa pra melhor.
Musicalmente a banda continua fazendo um Southern Rock competente. Um disco bom, bem tocado, com bom momentos melódicos sabiamente contrabalanceados com peso, bons riffs, bons solos de guitarra e uma textura de teclado muito bem colocada. Não há do que reclamar.

Dica Independente: The Dustaphonics


The Dustaphonics é uma banda de Garage Rock londrina que está na ativa desde 2008.
Além da base do Garage Rock o som da banda tem algumas influências de Soul, Funk, Punk e principalmente de Surf Music. Entre as influências citadas pela banda em sua página oficial no Facebook estão Bo Diddley, Link Wray, Dick Dale, Mickey Baker, Coaster, Ramones, Aretha Franklin, Hank Williams, James Brown, Sugar Pie De Santos e Etta James.

Dá para notar que, com essas influências, o som da banda soará retrô.

A banda é atualmente composta pela belíssima Hayley Red, Yvan Serrano Fontova (Dj Healer Selecta) na guitarra, Eric Frajiria (Bruce Brand) na bateria e Dan "Diaboliks" Whaley (Devil Dell'Aiera) no baixo.

Para ouvir o som da banda acesse:
http://www.reverbnation.com/dustaphonics/songs
Neste link você poderá ouvir 7 músicas da banda.





sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Dica Independente: The Mobbs

Quem disse que o Rock morreu? Na verdade ele pode apenas estar passando por uma fase comercial ruim e, concordo, nem mesmo o alternativo se salva muito, sendo pior que o mainstream na maioria dos casos.
No entanto bandas boas surgem e aqui vou listar algumas das boas bandas que descobri recentemente, através de um ótimo podcast do blog retroman65.


The Mobbs
Diretamente de Londres, do coração da Inglaterra, The Mobbs é uma banda de Garage Punk e Garage Rock que está na ativa desde 2008.
Para ouvir a banda entre em seu site oficial:
http://www.themobbs.co.uk/
Há 8 músicas que são suficiente para você notar o estilo da banda. Uma pegada "retrô" que remete bastante a sonoridade de bandas como The Kinks, The Small Faces e The Troggs.

Clipe na música "Bully"



Clipe da música "Old Square Eyes"



Clipe da música "Better The Devil You Know"