terça-feira, 22 de julho de 2014

Crítica: Nowhere to Hide - Praying Mantis


Nowhere to Hide é um disco que você ouve e custa a acreditar que ele foi lançado em 2000 e não em 1985. A resistência estilística do Praying Mantis em manter seu formato retrô há décadas é um dos maiores atrativos da banda pra mim.
Este disco contem os mesmos elementos de Hard Rock melódico e AOR que vai te fazer lembrar de bandas como Styx, Asia e Rainbow (pós-Dio).
Harmonias vocais bem trabalhadas com Tony O'Hora mais uma vez mostrando ser um grande vocalista, bons momentos com o twin-guitars onde a dupla Tino Troy e Dennis Stratton conseguem se mostrar técnicos sem cair num "ego-trip" entendiante e, lógico, forte presença de teclados.
O problema deste disco é que, ao longo da audição, comecei a achar enjoativo, talvez teclados demais e harmonizações vocais muito exageradas contribuíram para isso.
Entre prós e contras minha nota ao disco é 7.
É um bom disco embora eu não goste muito. Você já deve ter passado por esse paradoxo de achar um disco bom mesmo não gostando muito. Não há nada que eu posso dizer que deponha contra o disco, todas as qualidades que eu citei realmente existem nele mas, talvez, não existam da forma ideal. É um desafio muito grande para uma banda fazer um tipo de Hard Rock melódico sem soar cansativo, é preciso equilibrar os elementos de exagero, conseguir criar harmonias maravilhosamente pegajosas e, na minha opinião, este disco não conseguiu nenhum desses objetivos.
Se você estiver procurando algo nesse mesmo estilo da banda recomendo outro disco, o fantástico Forever in Time.

Segunda audição (20/09/2014).

As vezes você precisa dar um tempo para absorver melhor uma obra e descansar seu cérebro para poder, mais tarde, dar um veredito um pouco mais amadurecido sobre ela. Isso pra mim acontece tanto para discos quanto para livros.
Resolvi então dar uma segunda chance a esse disco e, para minha surpresa, a minha segunda audição desse disco está me soando muito mais agradável do que da primeira vez que eu ouvi.
Nowhere to Hide é um disco lindo. Retiro o que disse dele ser cansativo. Ele estava sendo cansativo apenas naquele primeiro momento que escutei. Se você se "deixar conduzir" pelo um belo conjunto de teclados e guitarras melódicas quanto pela uma melodia vocal belíssima você terá uma experiência agradável, isso eu garanto.
É difícil eu destacar uma música já que todas tem elementos muito semelhantes e em qualidades semelhantes que no final se equivalem. As músicas que mais me chamaram a atenção neste disco foram Cruel Winter (que tem riffs abafados belíssimos) e a balada Whenever I'm Lost, mas todas são, de certa forma, músicas muito boas.
Vou subir a nota desse disco de 7 para 8.

3 comentários:

  1. Discordo fortemente! Nowhere To Hide é em pé de igualdade com Forever In Time e Cry For The New World!

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    1. Eu dei uma segunda chance a ele. Ele está me soando melhor.
      Escrevi as minhas "segundas impressões" sobre o disco.
      Obrigado pelo comentário!

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  2. Realmente concordo com voce, eu ja havia gostado dele desde a primeira audição, mas ele não é um album para voce ouvir de forma contínua seguidas e seguidas vezes. Para um melhor olhar sobre esse album, deve - se fazer como voce fez, ouvir hoje e aguardar um tempo para uma melhor digestão e formação de opniao. Concordo com a nota 8.

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